Continuando o nosso périplo pela fraca memória dos poveiros, vamos falar hoje das obras da Avenida Mouzinho de Albuquerque, uma empreitada que está, desde o seu início, inquinada por um clima de suspeição intransponível.
Já agora e a talho de foice, como é comum dizer, não estranham os leitores as quebras de produtividade nas referidas obras?
A explicação é simples e faz-se em meia dúzia de linhas:
A obra tem claramente conotações eleitoralistas e, mediante esse objectivo, pretende-se o seu fim o mais próximo possível de um período ou evento que obtenha impacto junto da população, como seja o S. Pedro e a respectiva proximidade do Verão.
Daí resultam súbitos aumentos de horário laboral e intensidade dos trabalhos, como de repente tudo diminui, quase como se a obra estivesse parada.
Face à proximidade do S. Pedro 2007, e a visita de Paulo Portas à cidade, tem-se visto um aumento de produtividade só comparável com os primeiros 4 meses.
Em breve tudo vai voltar ao normal e a contaminação da opinião pública por falsas notícias sobre adiantamentos na calendarização da obra irão regressar.
Daí resultam súbitos aumentos de horário laboral e intensidade dos trabalhos, como de repente tudo diminui, quase como se a obra estivesse parada.
Face à proximidade do S. Pedro 2007, e a visita de Paulo Portas à cidade, tem-se visto um aumento de produtividade só comparável com os primeiros 4 meses.
Em breve tudo vai voltar ao normal e a contaminação da opinião pública por falsas notícias sobre adiantamentos na calendarização da obra irão regressar.
Está assim explicado o falso adiantamento de nove meses nos trabalhos que os nabos dos jornalistas poveiros acreditaram que estava a acontecer, no início de Janeiro.
Fechado o parêntesis, continuemos.
Pouco tempo depois de a Monte Adriano, empresa construtora daquele que já é conhecido pelo “Túnel do Centro Comercial”, ter iniciado os trabalhos, a FDO empresa que foi preterida no concurso público de adjudicação, interpôs uma providência cautelar no Tribunal Administrativo do Porto, na dependência de uma acção em que era peticionada à Câmara Municipal uma choruda indemnização.
Previa-se o pior:
A paragem dos trabalhos até decisão do processo principal, dado que o deferimento da providência cautelar seria a solução mais óbvia para o juiz titular do processo.
Tudo seria resolvido, com toda a calma do mundo, no âmbito do processo principal.
Porém, essa solução seria catastrófica, em termos eleitorais, para as ambições da nomenclatura laranja que se encontra no poder.
Do dia para a noite surge a solução: a FDO retira todos os processos, sem qualquer explicação pública do Sargenor.
Na época, facilmente se desenvencilhou dos burros dos jornalistas poveiros respondendo:
Inde perguntar à FDO!
Tudo bem. Os jornalistas poveiros primam pelo amadorismo e não é fácil fazer investigação, consultar processos, obter informações.
Certo é que, decorridos cerca de seis meses e após as entrevistas recentes às rádios locais, as quais primaram pela superficialidade, como convém, aliás, à pergunta sobre o que havia acontecido, o Sargenor continuou a responder da mesma forma: Inde perguntar à FDO!
Sabendo todos os poveiros que a FDO tem importantes interesses no concelho, ao nível da construção civil, como já referimos aqui, fácil fica adivinhar o que se terá passado:
Um acordo secreto que envolveu Câmara, Monte Adriano e FDO.
O resto é conversa fiada sem qualquer interesse.
Se esse acordo está relacionado com a construção do Centro Comercial, o tempo o dirá.
Aqui, no povoaonline, damos como assente:
A FDO viu o seu projecto do Montgeron Parque ser despachado à velocidade da luz.
Queremos saber a verdade, sob pena de se manterem os sinais de corrupção.
Entretanto atente no impacto que as obras estão a ter entre os comerciantes da avenida.AQUI.
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